Por Claudia Bittencourt
Sócia-fundadora e Diretora Geral do Grupo Bittencourt

Segundo Michio Kaku, cientista futurista de 72 anos de origem nipo-americana e um dos nomes mais importantes da Física da atualidade, a resposta é sim.

Ele trouxe a teoria da quarta geração de riqueza – pós-revolução industrial, descoberta da eletricidade e imersão digital, que são consideradas as três ondas anteriores. Na quarta onda, a junção de biotecnologia, nanotecnologia e inteligência artificial é o que vai efetivamente gerar as riquezas do próximo século.

Segundo ele, a geração de riqueza no mundo sempre foi baseada na lei da oferta e procura, sempre com a definição de preços pelo fabricante tendo ou não o consumidor participante dessa decisão. Só que essa equação já não funciona assim há algum tempo.

Fornecedores, distribuidores, consumidores no mundo contemporâneo (e com muito mais facilidade e profundidade no futuro) terão acesso às mesmas informações, já que o mundo dominado por dados e analytics, com informações ao alcance de todos, com custos acessíveis e transparência como principal fator de relacionamento com o público, serão a realidade. E isso para o bem e para o mal. Empresas com práticas não éticas e incorretas serão facilmente (e fatalmente) substituídas.

E é aí que que alcançaremos o capitalismo perfeito. Proporcionado pela tecnologia que a tudo dá visibilidade e é bem mais justo do que o modelo atual, pois resulta em uma concorrência mais leal, menores preços, produtos e serviços melhores.

No capitalismo perfeito a moeda vai ser intelectual, uma vez que as nações que investirem em educação, ciência e tecnologia é que tomarão a dianteira. Mesmo com tecnologia de ponta e os mais revolucionários robôs, serão nas sutilezas do pensamento humano que as máquinas mostrarão sua ignorância. Por exemplo, dilemas éticos, estratégicos, geração de inovação pelo potencial criativo serão ainda e possivelmente por muito tempo, exclusivo dos humanos.  É justamente isso que será supervalorizado no futuro. O conhecimento e pensamento serão o principal capital das nações.

E para ter essa riqueza no futuro e vencer na quarta onda de geração de riqueza será necessário entender a conexão entre capital de commodity e capital intelectual.

Quem já está no caminho é a China, que já há algum tempo deixou de ser o grande parque fabril do mundo, além de produtora de cópias e produtos sem qualidade e hoje se tornou uma geradora de capital intelectual para o mundo.

E para se chegar nesse patamar, é importante a disseminação da democracia, da informação e do conhecimento. O empoderamento das pessoas por meio do capital intelectual é fundamental para a evolução das nações no futuro.

E por que estou abordando a teoria de Michio Kaku? Porque encontrei nessa teoria a ressonância de muito do que acredito. Definitivamente acredito no poder do conhecimento e das relações humanas, essas nunca perderão sua relevância e sua característica de serem essenciais para o futuro da humanidade.

Artigo anteriorCielo inaugura loja conceito voltada para experiência em São Paulo
Próximo artigoVivo e Rappi selam parceria
Sócia-fundadora do Grupo Bittencourt desde 1985, atua em desenvolvimento e expansão de redes de franquias e negócios. O Grupo Bittencourt já atendeu mais de 2.000 empresas, entre marcas nacionais e internacionais. À frente dos negócios desde sua fundação, Claudia Bittencourt é palestrante de temas relacionados ao desenvolvimento do franchising no Brasil, com artigos publicados nos principais veículos de comunicação do País. É graduada em administração de empresas pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás; pós-graduada em Marketing pela ESPM, São Paulo, e especializada em Estratégia Competitiva, pela Fundação Getúlio Vargas, São Paulo.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here