Por Adriana Lima

O último sábado foi o Dia Mundial da Limpeza. Tive a honra de representar o Rei do Mate na ação de limpeza de parte da represa de Guarapiranga, em São Paulo, através do evento Clean Up the World que aconteceu, simultaneamente, em 125 países. O estado do RIo de Janeiro já participa há 18 anos e agora chegou a São Paulo.

Depois de acompanhar a organização, mesmo que remotamente, já cheguei ao local super animada e com vontade de dar o meu melhor. Adoro estar engajada numa boa causa.

Mas, quando estava lá, embaixo do sol forte, no abaixa e levanta para encher os sacos de lixo, pude ver e pensar como temos muito o que fazer. Quatro pontos me despertaram mais atenção:

Educação: precisamos trabalhar esse tema desde cedo na vida das crianças, mostrar o certo e errado e não apenas falar. A Educação por Exemplo é o ideal para qualquer faixa etária. Não adianta só falar e não fazer. Muito do que recolhemos foram latinhas de cerveja ou refrigerante, tampas e garrafas pet, canudos plásticos…

Tudo que poderia ser reciclado e não jogado no meio da represa ou deixado na parte de terra onde, inclusive, fica uma imensa lixeira para itens recicláveis que a Prefeitura recolhe uma vez por semana. Ao entenderem o estrago que isso causa a natureza, desde pequenos, será mais fácil curtir o hoje e garantir o amanhã;

Recicláveis: arriscaria dizer que 80% do que recolhemos foram plásticos de todos os tipos – sacolinhas, pet, canudinhos, copos – todos praticamente inteiros, ou seja, não sabemos há quanto tempo estão lá, mas podemos afirmar que ficarão por muitos anos – isso se alguns animais não tentarem comer e/ou forem sufocados.

O Brasil já trabalha bem essa parte de recicláveis, mas ainda estamos engatinhando, pois temos muito o que fazer, em especial, na conscientização das pessoas em disponibilizar mais lixos orgânicos e recicláveis e, principalmente, no coleta e encaminhamento desses itens que poderão ser reaproveitados.

Saneamento básico: em uma área ainda pequena, algumas pessoas fizeram o assentamento, suas novas casas e, obviamente, a represa é o vaso sanitário de todos. Que Brasil é esse!! Em que a maior e mais rica cidade do País ainda convive com essa situação tão desumana e sem respeito à natureza. Estamos em 2020, século XXI.

Consumo de água: para o período atual, diria que não mais pontual, o respeito ao uso correto da água, pois a natureza vem nos mostrando que a cada dia ela se torna um recurso escasso. A represa está com menos da sua capacidade máxima e a parte de areia está seca como o sertão nordestino nos seus piores momentos.

Ao revisitar tudo isso, enxergo apenas um ponto em comum a ser trabalhado desde sempre e para sempre: a Educação. Se cada um fizer a sua pequena parte, o conjunto será compensador para todos – para natureza e para o Mundo.

Portanto, mãos à obra, para quem ainda não começou.

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