Em uma negociação relâmpago, o Grupo Soma (dono de marcas como Animale e Farm), fechou acordo para incorporar a Hering, segundo fato relevante divulgado nesta segunda-feira (26). O negócio avalia a centenária marca de confecções em R$ 5,1 bilhões, valor bem superior aos R$ 3 bilhões que a Arezzo havia oferecido em uma oferta considerada hostil pela companhia na semana passada.

O negócio esquenta de vez a disputa da consolidação do varejo brasileiro, em que as empresas tentam correr para ganhar musculatura em um mercado cada vez mais acirrado. O fechamento do negócio com a catarinense Hering coloca o Grupo Soma em um novo patamar entre os varejistas nacionais. A companhia, até aqui, se limitava à atuação no mercado premium. Agora, vai para o segmento de massa, ganhando musculatura.

Diversas varejistas estão se movimentando para sair fora de sua zona de conforto e virar uma “consolidadadora” do mercado. Segundo Marcos Gouvêa de Souza, fundador e CEO da Gouvêa Ecosystem, a situação do mercado agora exige pressa, pois agora a empresa que não se movimentar rápido corre o risco, lá na frente, de acabar adquirida por outra que se movimentou com antecedência.

Bastidores de negociação

As conversas começaram depois da proposta da Arezzo. A família não havia gostado da proposta (que considerou baixa), mas o movimento da calçadista foi suficiente para chamar a atenção de outros interessados. As negociações com a Soma foram relâmpago. Começaram na quinta-feira, e a rapidez surpreendeu até quem estava envolvido no negócio.

O grande objetivo da família Hering era conseguir a avaliação que o negócio chegou a ter antes da pandemia de Covid-19 causar uma desvalorização nos papéis da companhia, derrubando seu valor de mercado. Foi uma equação simples: o Soma chegou muito perto do que a Hering pedia, e as conversas andaram rápido, uma vez que havia disposição da família em vender.

Com informações de Estadão Conteúdo

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