Mesmo com a flexibilização e a abertura de alguns setores em algumas cidades brasileiras, as vendas por comércio eletrônico seguem em boom. Ao analisar o mês de julho de 2020, ante o mesmo mês do ano passado, o tamanho do setor dobrou: 106,78%. Seguindo a mesma base de comparação, o faturamento teve desempenho maior e registrou aumento de 109,07%. Os dados compõem o índice MCC-ENET, desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) em parceria com o Movimento Compre & Confie.

“Mesmo com parte da reabertura das lojas físicas no Brasil e sazonalidade do mês de julho, que tradicionalmente apresenta menor volume de vendas por conta do período de férias escolares, o comércio eletrônico manteve patamares de crescimento exponenciais. O conjunto de novos consumidores, maior frequência de compra e aquisição de produtos de alto giro continuarão mantendo o e-commerce como um dos setores mais promissores no Brasil”, afirma André Dias, coordenador do Comitê de Métricas da camara-e.net e diretor executivo do Neotrust | Compre & Confie.

Vendas online

Após ter variado negativamente no mês anterior, ao comparar julho com o mês de junho, as vendas por comércio eletrônico tiveram alta de 5,99%. No acumulado do ano, a variação segue positiva: 65,88%.

Na comparação regional, nas vendas online de julho deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, o Nordeste lidera com alta de 149,90%.Na sequência, apareceram Sul (102,34%), Sudeste (100,95%), Centro-Oeste (99,79%) e Norte (86,34%).

No acumulado do ano, a configuração praticamente não muda: Nordeste (95,11%), Sul (69,49%), Centro-Oeste (65,12%),Norte (64,92%) e Sudeste (60,19%).

Faturamento

O faturamento do setor teve alta de 3,03% em julho frente a junho. O acumulado do ano segue em alta com 62,74%.

A composição regional, usando a base de comparação julho deste ano com o mesmo mês do ano passado, ficou da seguinte forma: Nordeste (165,45%),Norte (117,38%),Centro-Oeste (106,77%),Sudeste (98,77%),e Sul (94,84%).

No acumulado do ano, a configuração mudou: Nordeste (100,26%), Norte (60,49%), Sul (60,26%), Sudeste (55,51%) e Centro-Oeste (54,40%).

Participação do e-commerce no comércio varejista

No mês de junho, o e-commerce representou 11,2% do comércio varejista restrito (exceto veículos, peças e materiais de construção). No acumulado dos últimos 12 meses, nota-se que a participação do e-commerce no comércio varejista corresponde a 7,5%.Vale destacar que esse indicador foi feito a partir da última Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, divulgado no dia 12 de agosto.

Categorias

A composição de compras realizadas pela internet, por segmento, em junho, ficou da seguinte forma: equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (40,4%); móveis e eletrodomésticos (23,7%); e tecidos, vestuário e calçados (13,1%). Na sequência, outros artigos de usos pessoal e doméstico (9,5%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,2%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,1%); e, por último, livros, jornais, revistas e papelaria (2%). Esse indicador também segue a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE.

Consumidores Online

Outra métrica avaliada pelo MCC-ENET revela que, no trimestre de abril a junho de 2020, 18,2% dos internautas brasileiros realizaram ao menos uma compra online. Observa-se uma alta de 5,9p.p em relação ao trimestre anterior (12,3%). Já na comparação com o mesmo período em 2019 (10,1%), houve crescimento de 8,1p.p.

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