O aparecimento de uma pandemia totalmente inesperada certamente mudou de forma considerável as relações de trabalho e trouxe desafios enormes a varejistas, incluindo os shopping centers.

Diante desse cenário ainda indefinido, surge a pergunta: “como serão as vendas após essa fase? Quando os shoppings reabrirem, como o consumidor deverá se comportar?”

Embora seja impossível traçar um cenário específico pós-coronavírus, já é possível ter algumas certezas. Segundo Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da GS&MALLS, Soluções & Resultados para Centros Comerciais, as mudanças que já desafiavam os shoppings serão aceleradas.

“O consumidor não voltará a ser como era antes, isso é fato. Outro fator que precisamos levar em consideração é que mudanças que estavam num curso mais lento vão se acelerar, subir na prioridade do varejo brasileiro”, avalia o especialista.

Segundo ele, o segmento como um todo será obrigado a enfrentar desafios que não eram prioridade. “Os shoppings estavam crescendo, mas, na volta do coronavírus, veremos um cenário diferente, que envolve a capacidade de resposta dos independentes de um lado, as redes de médio porte de outro, as grandes redes, etc.”, analisa Marinho.

Para evitar que o impacto nos shoppings e nas redes sejam muito fortes, é preciso trabalhar junto. “Veremos alguns varejistas saindo dessa situação na enfermaria; outros, recuperando-se em casa e, alguns, estarão na UTI. É fundamental apoiá-los nesse momento”, resume.

Com o grande desafio de trazer o fluxo de volta, as redes de shoppings precisarão estimular os consumidores a voltarem a frequentar locais fechados. Para tanto, iniciativas semelhantes à Semana do Brasil podem ser uma solução. “Acelerar as iniciativas omnichannel também é muito importante”, conta o especialista.

Uma das estratégias para se fazer isso, de acordo com Marinho, é ampliar o significado do que é essencial. “Quando tudo isso acabar, haverá muitas pessoas que terão necessidade de uma roupa nova ou até um sorvete depois de tanto tempo isoladas. Precisamos estimular isso”, complementa.

Investir em tecnologia, manter as ações de higiene e reduzir horários. Essas devem ser as principais iniciativas em shopping centers quando sua reabertura for autorizada para, depois, tentar retomar a normalidade. “Uma coisa é fato: a mudança já aconteceu. Quem se adaptar primeiro, sairá na frente”, conclui.

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