Com a meta de transformar roupas descartadas em algo novo para vestir novamente – tudo dentro de cinco horas -, a rede de fast fashion H&M, com sede na Suécia, está prestes a começar a oferecer aos consumidores de sua loja em Estocolmo a opção de entregar roupas usadas que serão transformadas em novas peças diferentes.

Assim que o programa começar, os clientes poderão trazer uma roupa que não desejam, que será limpa e colocada em uma máquina chamada Looop. Segundo reportagem do site CNN, a máquina irá desmontar o tecido, fragmentando-o em fibras que serão usadas para criar novas roupas.

O esforço surge em meio a um volume crescente de desperdício global de roupas e à crescente preocupação com a contribuição do fast fashion para isso.

A empresa disse que o processo de reciclagem, que pode lidar com mais de uma peça de roupa por vez, não usa água ou produtos químicos e às vezes pode precisar de matérias-primas “de origem sustentável” adicionadas, mas espera tornar essa parcela o menor possível.

Por enquanto, os clientes podem escolher um dos três itens a serem feitos: um suéter, um cobertor de bebê ou um lenço. Todos com um preço médio entre US$ 11 e US$ 16. “Queremos expandir o leque disponível à medida que conhecemos melhor a Looop”, disse a empresa por e-mail ao CNN Business.

Embora o sistema Looop possa ajudar a espalhar a conscientização sobre o desperdício de roupas e a reciclagem, por enquanto, ele não tem escala para causar um impacto generalizado no volume de lixo de roupas gerado anualmente.

De acordo com o site da Agência de Proteção Ambiental, 16,9 milhões de toneladas de resíduos têxteis foram gerados nos Estados Unidos em 2017, último dado disponível. A taxa de reciclagem foi de apenas 15,2%, com 2,6 milhões de toneladas recicladas.

Empresas consicentes

A H&M e outros vendedores de fast fashion como a Zara tomaram algumas medidas para reduzir o desperdício de têxteis.

Em 2013, a H&M lançou um programa global de coleta de roupas em todas as suas lojas e estabeleceu a meta de fazer com que todas as roupas vendidas fossem feitas de materiais reciclados ou de origem sustentável até 2030. Esse número atualmente é de 57%, de acordo com a companhia.

Da mesma forma, os clientes podem deixar roupas, calçados e acessórios usados ​​em mais de 1.300 lojas Zara. No ano passado, a rede anunciou que todo o algodão, linho e poliéster usados ​​pela empresa serão orgânicos, de origem sustentável ou reciclados até 2025.

De acordo com analista e líder de impacto social do World Research Institute, um dos maiores impulsionadores do consumo de roupas são os vendedores de fast fashion. “Grandes empresas como a H&M e a Zara podem ter um impacto realmente grande e transformador na indústria e nos consumidores se abrirem caminho para facilitar a mudança”, disse.

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