Por Equipe NDEV

Que algumas tendências e processos que estavam em caminho foram acelerados durante a pandemia todos sabem. Entretanto, há muitas outras variantes que surgiram para transformar estruturalmente o mercado.

Em conversa com o grupo NDEV, Marcos Gouvêa de Souza, fundador e diretor-geral do Grupo GS& Gouvêa de Souza, apontou algumas mudanças que serão permanentes no universo do varejo.

Sua chegada inclui uma adaptação do mercado, dos lojistas e também do consumidor, que ditará as novas formas de comprar.

Quer entender melhor quais são essas mudanças e como lidar com elas? Nós te ajudamos!

  1. Home office permanente e economia de espaços

“Havia uma leve tendência de o home office crescer. Estimava-se que, em 21 anos, chegaríamos ao patamar que atingimos em três meses”, avalia Marcos, explicando que, com essa nova realidade, as empresas se deram conta de que é possível economizar espaço com escritórios menores e tornar a vida mais simples, sem horas gastas no trânsito, por exemplo.

  1. Mudança estrutural do mercado

Com um menor deslocamento de pessoas, que passarão mais tempo em casa, toda a estrutura do varejo mudará. “As pessoas mudarão o local em que fazem compras, usarão mais o delivery como alternativa de refeição, etc.”, completa o executivo.

  1. Reformulação de eventos e viagens

Sabe aquelas viagens de negócios ou feiras que reuniam milhares de pessoas? Isso deve ser bastante impactado. “Com as lives, conseguiremos promover eventos que, em vez de 2 mil pessoas, podem receber 10 mil, por exemplo”, explica Marcos. E isso trará um impacto direto sobre a indústria de hotéis, turismo, alimentação, entre outros segmentos.

  1. Mudança de perfil do omniconsumidor

O consumidor DC (Depois do Coronavírus) será muito mais preocupado com a saúde, qualidade da alimentação, locais que frequenta, higiene e quanto tempo fica em um espaço. Tudo isso altera também o perfil de gastos da população, abrindo novas possibilidades de negócio em muitas áreas.

  1. Alteração de valores

“As empresas estão pesquisando, analisando, querendo entender para onde as coisas vão para se reposicionarem no que diz respeito a canais, produtos, embalagens, estratégia de distribuição e lojas”, conta Marcos. Agora, todos devem aprender a valorizar mais a questão de conveniência e proximidade.

  1. Nova rotina de trabalho

É quase unanimidade que estamos mais produtivos durante o período de quarentena. “Trabalhamos mais horas, perdemos menos tempo em deslocamento e há um senso de urgência que não havia no passado”, explica Gouvêa.

Soma-se a isso uma pressão para reduzir custos e elevar o faturamento – um desafio herdeiro do Agile Digital que deve alterar permanentemente a maneira de trabalhar.

 

Estima-se que o comércio eletrônico no Brasil possa chegar a R$ 100 bilhões de
faturamento em 2020 – crescimento de 61,5% em relação a 2019. Adaptar-se a essa
nova realidade é fundamental para sobreviver em um mundo que certamente não será
mais o tempo – em todos os sentidos.

Outro ponto importante será o Direto ao Consumidor. Após esse período, ele será
ainda mais acessível, já que marcas e fornecedores de produtos e serviços estarão
ainda mais próximos do consumidor.

Mudança de cultura organizacional, agilidade e foco no consumidor serão primordiais
nas companhias, sejam elas pequenas ou gigantes. Vale destacar que, com a
proliferação de ofertas online, a concorrência aumenta e ganhará terreno quem
prestar o melhor serviço e oferecer a melhor experiência de compra.

E o seu negócio? Quais mudanças já adotou e como pretende absorver os novos
tempos?

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